
Especialmente na micropigmentação de cicatrizes, surgem dúvidas comuns, como: “a micropigmentação pode causar queloides?” e “é possível micropigmentar sobre cicatrizes e queloides?”. Hoje o micropigmentador Carlos Brandão, graduando em Biomedicina e parceiro RBKollors, vem para te explicar a diferença entre cicatrizes hipertróficas, queloides e atróficas.
Fatores que influenciam a cicatrização na micropigmentação
- Técnica do profissional: a habilidade e experiência do profissional são fundamentais para um resultado satisfatório. Visto que técnicas inadequadas podem aumentar o risco de cicatrização atrófica.
- Características da pele: cada tipo de pele reage de maneira diferente ao processo de cicatrização. Peles mais oleosas podem cicatrizar de forma diferente de peles secas ou sensíveis.
Guia Completo de Cuidados Pós-Micropigmentação (rbkollors.com.br)
Importante!
Antes de mais nada, a principal dica de acordo com Brandão é: “Nunca devemos fazer um procedimento de micropigmentação em áreas irritadas, inflamadas ou em processo de cicatrização. Mas após a cicatrização completa, e se o tipo de cicatriz permitir, o procedimento está liberado!”.
Diferententes tipos de cicatriz:
Queloides
Os queloides são crescimentos excessivos de tecido cicatricial que ultrapassam os limites da ferida original, portanto, formam uma protuberância que pode ser dolorosa e esteticamente indesejável.

O desenvolvimento de queloides pode ser influenciado por fatores genéticos, como: etnia, idade e até mesmo pela localização da cicatriz no corpo.
E embora o risco de queloides nas sobrancelhas seja baixo, a possibilidade de cicatrizes atróficas exige uma abordagem cuidadosa e técnicas adequadas para evitar esse resultado.

“Neste caso, fazer micropigmentação por cima, independente da técnica, não é recomendado, pois é uma aréa que já sofreu bastante trauma e pode causar o aumento do inchaço.”
– Carlos Brandão, micropigmentador RBKollors
Cicatriz hipertrófica
As cicatrizes hipertróficas aparecem como elevações de tecido dentro dos limites da incisão original. Elas fazem parte do processo natural de cicatrização, entretanto, com o tempo, geralmente melhoram.

Se sua cliente quer camuflar e suavizar a aparência da cicatriz, Carlos recomenda algumas dicas importantes:
“O pigmento utilizado para camuflagem ou afins deve ser mais fluido e de altíssima qualidade . Pois isso reduz o risco de causar mais lesões na pele”, contou à RBKollors.
Cicatriz atrófica
Diferente dos tipos anteriores, a cicatrização atrófica ocorre quando a pele não produz tecido cicatricial suficiente, resultando em regiões afundadas. Este tipo de cicatrização muitas vezes é ligado a lesões, queimaduras ou condições dermatológicas. “Mas também pode acontecer em procedimentos de micropigmentação”, acrecenta Brandão.

É importante que os micropigmentadores saibam desse risco, já que a técnica utilizada, a profundidade da incisão e a individualidade da pele do cliente podem afetar o resultado.
Carlos, reforça que mesmo que a cliente queria uma camuflagem no local deste tipo de cicatriz, é imporante recurar a área afetada antes. “Nesses casos, é importante realizar um reparo residual antes da micropigmentação para garantir resultados mais naturais e uniformes”, diz.

Embora o risco de desenvolvimento de queloides em áreas como sobrancelhas e lábios seja considerado baixo, a cicatrização atrófica pode ser uma consideração importante para quem ainda está aprimorando suas técnicas e não possui um entendimento completo sobre o manejo da pele. E em casos de corbertura/camuflagem é sempre preciso analisar criteriosamente antes de fazer o procedimento.
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